E agora? A minha bolsa estourou!
- Fernanda Sonnenstrahl
- 15 de nov. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de dez. de 2022
O que você precisa estar atenta quando sua bolsa romper! 6 informações muito importantes para a segurança desse momento!
A bolsa amniótica reveste o bebê e a placenta, com uma membrana fina, porém super resistente, cheia de líquido amniótico, que mantém o bebê protegido e quentinho. Dificilmente ela se rompe antes do início do trabalho de parto, como vemos nos filmes, só acontecendo em cerca de 8% das gestantes. A maioria vai acontecer só no final do trabalho de parto, por volta dos 7/8cm de dilatação.
E porque ela se rompe? Normalmente pelo estresse físico das contrações uterinas que produz estiramento das membranas, e eventualmente ela pode se romper.
Mas também podem acontecer também devido a outras causas como infecções maternas, causando a ruptura muito cedo, antes da 37ª semana de gestação, responsável por até ¼ dos partos prematuros. Nesses casos é necessária a vigilância médica imediatamente após o evento.
O tabagismo e uso de drogas ilícitas são dois fatores que podem gerar esse rompimento também. Por isso é muito importante seguir com o acompanhamento pré-natal e realizar todos os exames, evitando agravos na saúde durante a gestação, além de buscar manter hábitos saudáveis!
Ainda em alguns casos raros, a bolsa pode não romper e o bebê nascer em um parto empelicado, ainda todo envolto na membrana! Ou seja, tudo é possível! rsrs
Mas quando a sua bolsa romper e sua gestação tiver mais de 37 semanas, é importante se atentar a alguns detalhes:
1- A cor do líquido deve ser transparente e possivelmente com alguns grumos esbranquiçados no meio dele. Cores como verde ou marrom requerem atenção e avaliação do bem-estar do bebê imediatamente;
2- As contrações, se ainda não se iniciaram, podem começar espontaneamente dentro de 12h;
3- É importante que a gestante se encaminhe ao hospital, pois é necessário avaliar o bem estar do bebê;
4- Também é necessário que a equipe possa avaliar a necessidade do inicio do tratamento profilático com antibióticos, como protocolo para evitar possíveis infecções. As mulheres costumam ficar nervosas com esse tópico, mas sempre explico que é um protocolo muito bem estabelecido e seguro, dentro das evidencias e respaldado pelo MS e outros órgãos de saúde. E a finalidade é a prevenção, para que justamente não ocorra a infecção!
5 - Se as contrações não se iniciarem após as 12 primeiras horas, a equipe também precisará avaliar a necessidade de induzir o trabalho de parto de forma farmacológica.
6- Nesse casos outras opções de indução, mais naturais, podem ser ofertadas também! Eu gosto de trabalhar essa indução com uma técnica de massagem em pontos específicos dos pés, seguida de um escalda-pés bem relaxante, ou então quando faço uso do Rebozo para relaxamento do corpo seguida de Moxabustão com Artemísia.
Para acompanhar essa técnicas temos o maravilhoso chá da Naoli, que uso bastante e já até falei sobre ele em outro post.
Seguindo esses cuidados aumenta as chances de sucesso na segurança do seu parto.
☀️ Fernanda Sonnenstrahl
👩⚕️ Enfermeira Obstétrica
🤱 Consultora de Amamentação
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed.
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.318
p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, nº 32) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas.
Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.

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